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NOSSA HISTÓRIA

1996

No final do ano de 1996, nas praças e sob as pontes, um retrato desolador se desenrolava: corpos encolhidos em espumas encharcadas, vidas encurvadas pela dor. Ali, onde a sociedade virava o rosto, Abadia Rosa Miranda e Neusa Palópoli de Brito mergulharam de cabeça. Movidas por compaixão inabalável, estenderam mãos amigas e lanches reforçados, mas mais do que isso, deram ouvidos e esperança a quem há muito fora esquecido.

Em meio às noites gélidas, criaram um santuário de humanidade, transformando olhares vazios em sorrisos tímidos. Não eram apenas assistentes distantes; tornaram-se aliadas na luta por dignidade. Abadia e Neusa entenderam que a exclusão não podia ser combatida com mera caridade, mas com conexão real, compreensão profunda e ações efetivas.

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Onde antes havia apenas sombras de desesperança, agora brilhava o farol incansável da compaixão ativa. O abandono cedia lugar à acolhida, a exclusão à inclusão. E nas noites antes tão escuras, emergia um horizonte tingido de cores há muito esquecidas – as cores da dignidade restaurada, do respeito renovado e da solidariedade que finalmente encontrou seu lar.

1997

Já no ano de 1997, Abadia e Neusa mergulharam cada vez mais na realidade dos moradores de rua, conquistando sua confiança de maneira notável. Eles atendiam às necessidades básicas desses indivíduos: roupas, comida, remédios. Quando alguém manifestava o desejo de retornar à família ou encontrar um emprego, elas forneciam passagens e o apoio necessário. Um cadastro modesto, mas significativo, permitia rastrear suas origens, aspirações e eventuais condições médicas.

Na jornada solidária, a Santa Casa era um farol de esperança para os doentes. Graças à dedicação de Cleide Aparecida, uma funcionária compreensiva, vagas de internação eram asseguradas para aqueles que precisavam. Após a recuperação, o Lar Cristão ou, em alguns casos, o Paulo de Tarso, acolhiam esses indivíduos. No entanto, Abadia e Neusa perceberam que essas medidas ainda não eram suficientes para verdadeiramente reintegrá-los à sociedade. Muitos lutavam contra dependência alcoólica, tuberculose e outras enfermidades, exigindo um acompanhamento mais especializado.


Movidas por essa compreensão, Abadia e Neusa sentiram o chamado a criar um espaço de acolhimento. Um lugar onde esses homens pudessem encontrar abrigo e assistência pessoal para reconstruir suas vidas: restaurar documentos, saúde, alimentação, vestuário e, acima de tudo, serem tratados com a dignidade inerente a toda pessoa humana. A visão delas ia além do básico; era uma busca por restaurar o sentido de pertencimento e valor que cada um merecia.
 

1998

O ano de 1998 foi um capítulo dedicado à busca por almas voluntárias para fortalecer essa nobre iniciativa. Cada peça estava se encaixando, cada esforço convergindo para dar vida a essa visão de transformação. A jornada requeria uma diretoria engajada, estatutos firmes e um local de acolhimento e cuidado.

 

 

 

Após diversas tentativas, Abadia alcançou a vitória de alugar uma modesta casa, abrigo inaugural para os primeiros seis moradores de rua. Entre eles estava Alberto, engenheiro florestal de Londrina, cuja memória havia sido roubada por um acidente. Havia passado uma década na praça dos carreiros. Foi através do afeto incansável de Abadia que Alberto conseguiu reencontrar sua mãe e sua cidade natal.

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E então veio o próximo passo: reunir um grupo de corações generosos para liderar essa obra. Os primeiros a se unirem a Abadia e Neusa foram uma equipe diversa: Eloísa, enfermeira; Cleusa e Gilberto, habilidosos cabeleireiros; Reinaldo, destemido advogado – cada um contribuindo com seus dons profissionais. À medida que a fama da iniciativa se espalhava, mais homens desabrigados encontravam um refúgio ali. Aqueles que eram liberados da Santa Casa após tratamento eram encaminhados, os que já estavam na casa buscavam amigos perdidos no caminho. Em um piscar de olhos, de 6 chegaram a 12, 18 e, num auge emocionante, 20 vidas foram acolhidas sob o mesmo teto.

1999

No dia 28 de abril de 1999, realizou-se a assembléia de fundação da Sociedade Beneficente Nossa Senhora de Fátima, a Casa Esperança,    aprovado o primeiro Estatuto Social e empossada a primeira Diretoria.

 

O primeiro passo da diretoria foi organizar a manutenção dos internos e da própria casa. Através de doações de pessoas da sociedade de Rondonópolis, em nenhum momento faltou alimentação e o necessário para a Casa Esperança. O atendimento continuou tendo como base o Estatuto Social para as 20 pessoas que a casa tinha condições de atender. Refeições avulsas eram oferecidas aos homens que procuravam a casa. 

 

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As preocupações da diretoria era atender o maior número possível de moradores de rua, conseguir uma casa maior, com pelo menos 40 lugares e ter associados que colaborassem na concretização do projeto.

 

Novas pessoas se apresentavam como voluntários para fazerem parte deste projeto. O advogado Leonardo Rezende, que colaborou para que a entidade se tornasse de Utilidade Pública Municipal e Estadual. O que aconteceu. Em outubro deste ano também começou a fazer parte do projeto, Pe. Gunther, que tomando conhecimento, muito se interessou pelo projeto e desde então trabalha incansavelmente para conseguir recursos para que a entidade tivesse sua sede própria.

2000

O ano de 2000, iniciou-se com a preocupação de um lugar mais amplo para abrigar todos os que procuravam a casa ou que eram convidados a sair da rua para um lugar melhor.

 

Abadia conhecia o Sr. José Sobrinho e suas possibilidades. Foi até ele para conseguir uma área para nela construir a nova Casa Esperança. Além de doar um terreno, ainda cedeu uma casa na Av. Bandeirantes para acolher o maior número possível de moradores de rua.

 

Fora os 20 que foram transferidos da casa existente, Eloísa e Abadia com a ajuda da Polícia Militar, comandada pelo cabo José Maria,recolheram outros 22 homens das imediações da Rodoviária.
 

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As preocupações da diretoria era atender o maior número possível de moradores de rua, conseguir uma casa maior, com pelo menos 40 lugares e ter associados que colaborassem na concretização do projeto.

 

Novas pessoas se apresentavam como voluntários para fazerem parte deste projeto. O advogado Leonardo Rezende, que colaborou para que a entidade se tornasse de Utilidade Pública Municipal e Estadual. O que aconteceu. Em outubro deste ano também começou a fazer parte do projeto, Pe. Gunther, que tomando conhecimento, muito se interessou pelo projeto e desde então trabalha incansavelmente para conseguir recursos para que a entidade tivesse sua sede própria.

2001

Durante o ano de 2001 as atividades se desenvolveram com muito sucesso. Muita colaboração da sociedade e dos voluntários. Através de Pe. Gunther um grupo de alemães. 

 

As obras da nova casa iniciaram no mês após Abadia ter em mãos todos os documentos necessários para a construção: escritura, projeto, alvará etc. 

 

A congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas colaborou com R$15.000,00 reais para aquisição de material. Outra parte foram doadores da Alemanha, os quais também colaboraram na compra de um carro para o trabalho da Instituição.

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2002

No ano 2002 a Casa Esperança já é conhecida por toda a sociedade. Cresceu o número de colaboradores, como o caso da ASR que colaborou com colchões para a nova Casa Esperança, doação em dinheiro de um baile, com alimentos etc. Hoje a mesma continua como parceira da Casa Esperança.

A  AVROC dava assistência aos internos portadores de câncer e atendimentos psicológicos da Draª Rosânia Maria. Naquele momento já eram frequentes visitas de grupos de Oração, alunos, e pessoas que desejavam compartilhar amor e carinho aos, até então, excluídos da sociedade.

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transferência para a nova casa

O dia 15 de julho de 2002 foi um dia muito feliz para a Casa Esperança. A nova casa estava pronta para receber seus internos. Eram 30 homens Como desde aquele dia, sempre são 30 ou mais os que nela são acolhidos. A alegria foi muito grande. Eles mesmos testemunham: “Esta é uma Casa Santa.”

 

A nova casa foi inaugurada no final de julho com a presença da diretoria, representantes de clubes de serviços, amigos e convidados.

 

 

 

Foi um momento muito emocionante, pois foi a realização de um sonho conquistado com muita luta e doação, ajudar alguém poder dizer: “hoje eu tenho minha casa!”

 

 

 

Foi um momento de louvor a Deus, de agradecimento aos benfeitores e de muita alegria dos que partilham da mesma caminhada: “dar pão a quem tem fome”.

 

 

 

Através de Pe. Lothar, o Sr. José Sobrinho, nesta oportunidade doou mais um terreno para que a Casa Esperança pudesse ser ampliada e acolher mais irmãos necessitados.

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2003 - ampliação

"São pessoas que estão à beira do caminho que nos move o coração para darmos mais um passo em direção ao acolhimento e à solidariedade com os pequenos e abandonados." 

 

A Casa Esperança precisa ser aumentada. Mesmo com a doação de mais um lote pelo Sr. José Sobrinho, a área ainda é pequena para nela se construir uma casa que acolhesse no mínimo mais 30 pessoas. Conhecedoras das necessidades as Irmãs Catequistas se prontificaram a colaborar na aquisição do lote contíguo aos dois doados.

  

Abadia, com sua disponibilidade e sabedoria, sem contar tempo providenciou os documentos e com mais algumas doações de materiais iniciou-se a construção em dezembro de 2002.

 

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No ano de 2003 finalizou a segunda etapa do prédio da unidade um. Com isso aumentou a quantidade de vagas e melhorou o atendimento aos homens, conforme a casa era conhecida e divulgada.

2008 - uma nova unidade

Em 2008, após um convite para uma reunião com o então prefeito Adilton Sachetti e a diretoria da UNIPRON, instituição esta fundada pelo Lions Clube de Rondonópolis, que concordaram com a transferência do espaço fisíco para a Casa Esperança uma vez que a Unidade Pro-menor estava sendo desativada.

  

A diretoria da Casa Esperança aceitou a oferta e com a parceria de alguns colaboradores tais como Maçonaria Acassia Amarela, Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, entre outros. Neste instante nascia a unidade dois da Casa Esperança, onde passamos a realizar tratamento de dependência química e alcoolismo.

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2020 - unidade feminina

Em 2020, a Casa Esperança passou também a atender mulheres em situação de rua na Unidade Irmã Luíza, em um espaço localizado no prédio que abrigou o Cartório do o 3º Ofício, na Rua Poxoréu. O espaço foi adaptado para prestar atendimento às mulheres em situação de rua em Rondonópolis.

“Nosso atendimento será para mulheres em situação em rua, seja por qual motivo. Se está na rua, está em situação vulnerável. Para o atendimento as mulheres de violência doméstica, o projeto ainda está em discussão”, 

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